segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

OS DESCAMINHOS DA EDUCAÇÃO: PARA ONDE VAMOS?


Por André Renato Correia Vieira e Marco Aurélio Batista de Sousa

A Constituição Federal do Brasil estabelece em seu artigo 205 que a educação é um direito de todos e dever da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e da família que tende a promover e incentivá-la com a colaboração da sociedade, tendo em vista o desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
Assim, diante da importância da educação e dos assuntos a ela relacionados para o desenvolvimento das pessoas, grupos, organizações e consequentemente para toda a sociedade é que chamamos a atenção para refletirmos o contexto calamitoso a qual ela se encontra.
Neste cenário apresentam-se diversas questões que envolvem desde a baixa remuneração dos professores, dá má conservação das escolas, da falta de equipamentos adequados e da não renovação dos existentes, e de problemas de várias outras questões que afetam diretamente o desempenho e desmotivam alunos e educadores. Se não bastassem estas entre outras mazelas que afetam a qualidade do Ensino Público do Brasil, têm-se a violência das ruas que se estendem e se instalam nos estabelecimentos de ensino fazendo vítimas pode-se dizer que diariamente. 
Praticamente todos os dias, as diversas mídias do país, trazem em seus noticiários cenas e fatos de violências que envolvem alunos, professores e pais, praticados dentro e fora das unidades educacionais praticamente em todo o território nacional. Trata-se de um problema sério de comportamento e, sobretudo de intolerância entre as pessoas muitas vezes ocacionados por situações e ocorrências consideradas banais que poderiam ser facilmente evitados ou mesmo resolvidos, mais que por vários motivos entre elas a insitação das pessoas que muitas vezes não envolvidas nos conflitos, torna-se cenários de verdadeiras guerras. O que se vê é que cada vez mais vem aumentando os números relacionados à violência escolar e não o nível de aprendizagem dos alunos.
É um fenômeno nacional, que não se restringe a uma ou outra escola de periferia, mas que se alastra em diversas outras independentemente de região e ou classe social. Em São Paulo, por exmplo, segundo dados do Observatório da Violência do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (APEOESP), os casos de agressão a professores cresceram 40% por semestre nos últimos três anos. Ainda não se sabem a dimensão do problema, mas há pistas, algumas pesquisas realizadas por este Sindicato apontam a superlotação das salas de aula e a aprovação automática como as principais causas do aumento de violência dentro do ambiente escolar. Somam-se a estes fatores as frustações pessoais, os problemas familiares e a intolerência entre as pessoas que apostam na violência física e psíquica como o único caminho possível para resolver seus conflitos de forma imediata.
De fato, esses descaminhos da educação não podem ser atribuídos somente às autoridades governamentais “competentes” que deveriam zelar pela educação em todas as suas dimensões, mas de todos nós (país, alunos, educadores, dentre outras partes) membros de uma sociedade organizada que deve intervir para que tragédias não mais aconteçam como a de Realengo, Zona Oeste do Rio de Janeiro, ao praticar a tolerância, o bom senso em nossas atividades procurando evitar conflitos e mostrar as pessoas que é possível obter soluções pacíficas a qualquer tipo de desentendimento sem que aja agressão ou qualquer tipo de violência seja praticada.

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