Um novo jornalista para ajudar-nos a levar maior e melhor informação até você leitor. Leia seu primeiro texto aqui no Blog:
Sem sombra de dúvidas que uns dos assuntos principais deste ano na cidade é o concurso público municipal, cujas inscrições já estão abertas. Mas ao dar uma breve lida na relação de cargos ofertados me deparei com uma ingrata surpresa: o piso salarial municipal.
É certo que o salário mínimo é compatível em alguns cargos, pelo nível de escolaridade e de dificuldade do exame de admissão e da própria natureza do cargo. Mas reparei que o salário mínimo é a gratificação de todos os cargos que exigem do candidato no máximo o ensino médio, e em alguns o ensino técnico. Isso não é tudo. Conforme o cargo, o candidato tem que desembolsar quantias diferentes, níveis de dificuldade de conhecimento diferentes, exames diferentes para no final das contas receber o mesmo salário mínimo de 540,00. Por exemplo: um pedreiro com toda sua experiência e responsabilidade, vai ganhar a mesma coisa que um servente. Outro exemplo é um técnico de enfermagem além de gastar mais dinheiro e tempo em seus estudos, irá realizar um exame de admissão mais difícil para no final ganhar o mesmo que um faxineiro, não desmerecendo o faxineiro, que, aliás, também deveria ganhar mais ou pelo menos uma cesta básica.
Agora, caros leitores, fica a pergunta: Por que a Prefeitura Municipal de Potim vai pagar salário mínimo para quase todos os cargos? Por que não há diferenciação?
Estimados leitores. A resposta é óbvia se for perguntado ao prefeito municipal. Ele irá dizer que não pode fazer nada e com razão. Por quê? Porque no município não há leis que regem o salário dos servidores públicos. Que estabeleçam o mínimo e o máximo que cada cargo deve pagar.
Então temos que perguntar a outras pessoas, para ser exato, nove pessoas seriam capazes de resolver esta situação. Mas por que não resolveram antes? Nove mentes diferentes não conseguiram enxergar e raciocinar uma solução para este problema?
Ao invés de discutir sobre limpeza de "terreninhos baldios", nomes de ruas, por que não surgem projetos de leis para beneficiar de imediato a população potinense?
É meus caríssimos leitores, cheguei a conclusão de que a culpa é toda nossa. Nós somos os responsáveis diretos pela nossa decadência municipal. Que nas próximas eleições nos lembremos de nossos erros e não os tornemos a cometer.
O Diário de Potim - 31/01/2011